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Elas, Delas. Um projeto feito por mulheres da música eletrônica! Edição 11.




Chegou a nova edição do projeto mais querido por vocês aqui na DJ Music Mag!

Nesta edição, trazemos duas histórias inspiradoras, com foco total nas incríveis trajetórias de cada participante. Reduzimos o número de histórias para dar ainda mais destaque a cada uma delas.

Lembrando que os links clicáveis agora estão destacados em laranja. Não deixem de seguir essas talentosas participantes e conhecer o trabalho excepcional que elas desenvolvem. Foi um privilégio entrevistá-las e poder compartilhar essas histórias com vocês.

Essa edição foi predominantemente de Brasília-DF!

Abraços e boa leitura, Janis Freire.


 


LOLA DJ

(DJ de Techno, Psytrance e Drum n Bass, Produtora de eventos e musical - Brasília-DF )


Olá! Eu sou a Hyandra, mais conhecida como Lola. Tenho 27 anos, moro em Brasília, minha terra natal. Por aqui atuo como DJ dos estilos que fazem minha cabeça vibrar, compondo a cena da minha cidade, me dedico ao Techno, Psytrance e Drum n Bass.


Desde muito nova sempre tentei explorar a arte, me aventurando por várias áreas, como a dança e instrumentos diversos. Aos 14 anos percebi que o sentimento que eu vivenciava ao ouvir música eletrônica era muito distinto de qualquer outro estilo musical e resolvi que queria aprender a ser DJ, sem saber muito bem o que me esperava. Aos 15 anos me matriculei em uma escola de discotecagem, e por ali foi onde tudo começou.

Nessa época (2013), a House music era o som que eu estava mais habituada, também influenciada por amigos DJs que se dedicavam a esse estilo, para mim era o que fazia sentido. Porém, aquilo se revelou apenas o início de tudo, logo passei a me sentir confusa sobre o que gostaria de tocar de verdade, acompanhando as tendências e percebendo como o som havia mudado ao longo do tempo, acho que tive minha primeira crise de identidade.

Quando comecei minha faculdade de Fonoaudiologia em 2016, estava muito aberta a tocar qualquer coisa, aderindo ao Open Format, me apresentei nos mais diversos eventos, muitas vezes tocando estilos muito distantes da música eletrônica. Sempre fui uma pessoa caseira (por ironia do destino) então, quando não estava tocando nessas festas, não saia de casa. Nesse tempo, acabei me frustrando com o que estava fazendo, não me adaptei ao Open Format e resolvi que não queria mais tocar. Fiquei por volta de 1 ano parada até iniciar de fato a vivência em uma cena underground e entender tudo que me faltava para explorar novos caminhos.

Em 2018, depois de me jogar nas raves de Psytrance da minha cidade, resolvi que era o momento de tentar novamente e iniciei meus projetos, dessa vez focada no Psy e o Drum n Bass como um projeto secundário, me identificando muito com sons mais acelerados, deixei para trás o House.

A ideia de tocar Drum n Bass veio da necessidade de tocar um som mais urbano, fora daquele ambiente que estava mais imersa, sentia falta da vibe Clubber e de festas indoor, e esse era o estilo que eu mais me identificava, sempre fui amante de sons de bateria. Não demorou para o Techno fazer a minha cabeça, explorando também o underground da minha cidade, um ano depois estava me dedicando aos três estilos e sigo firme até hoje, agora, sob novas prioridades.




O que a música eletrônica representa para você?


A música eletrônica pra mim é como um teletransporte para outra dimensão, pura emoção. É a sensação de poder voar sem asas ou algo parecido. Me desperta uma sensação de liberdade total, como se pudesse entrar em transes profundos. Ao mesmo tempo, sinto que ela se tornou um refúgio, para onde eu corro quando o resto das coisas não fazem sentido.



Qual é seu maior objetivo na cena eletrônica?


Meu maior objetivo hoje na cena eletrônica é atrair novos adeptos à cena (seja como artista ou como público), principalmente mulheres e principalmente para a cena Bass Music da minha cidade. Atualmente, apesar de estar me dedicando ao meu primeiro EP de Psytrance, estou me jogando no Drum n Bass de vez e gostaria de iniciar projetos dedicados a esse estilo, com minhas próprias produções musicais e também na produção de eventos. De fato, apesar do gosto por outros gêneros, ele se revelou minha grande paixão.


Conte sobre próximas datas, lançamentos, ou sobre alguma música/projeto que quer dar destaque:


Em setembro estarei retornando a Goiânia, cidade que acolheu com muito carinho minha dedicação ao Drum n Bass, dividindo line com feras da cena local e alguns convidados.Também estarei divulgando finalmente a data de lançamento do meu EP de psytrance, estou super ansiosa de estar lançando minhas músicas autorais depois de tantos anos como DJ set.


Deixe aqui um recado para os leitores da DJ Music Mag:


Esse foi meu breve relato sobre a minha trajetória na música eletrônica, que apesar do tempo, sinto que está apenas começando. Espero que sirva de inspiração para quem precisa de incentivo para iniciar a sua própria. Da minha parte, podem contar com muita dedicação para fomentar a cena por aí. Um dia, uma música feita por alguém do outro lado do mundo tocou o meu coração de uma maneira tão especial, que mudou toda a minha vida. Desejo que da mesma forma, eu possa tocar o coração de muitos também. Obrigada pela atenção ❤️




Acompanhe o trabalho da artista:


 


MORANGA DJ

(DJ de Techno e Raw Deep Techno/ Produtora musical e cultural/ Assistente terapêutica/ Empreendedora - Brasília-DF )


Oiee eu sou Moranga, tenho 36 anos, sou natural de Porto Velho - Rondônia, mas vivo em Brasília a pelo menos 20 anos. Comecei minha carreira de DJ no Trance mais especificamente no Dark Psy e Goa, Hoje toco Techno e Raw Deep Techno com uma pegada Hipnótica e também sempre puxando pro som mais dark cheio de grave e groove. Sou casada com o também DJ Turambar, faço parte de 2 coletivos que eu amo em Brasília, o Coletivo Hangover e o Coletivo Eletromanas que inclusive é só de manas.


Sou Dj e produtora pela House Mag Academy, empreendedora, produtora cultural pelo instituto Tomie Ohtake, sou formada em RH e recentemente Assistente terapêutica, pois tenho um filho TEA que é meu amorzinho o Inácio.

Minha jornada na cena eletrônica começou oficialmente em 2019, quando meu esposo, o DJ Turambar, me incentivou a mergulhar de cabeça nesse universo. Ele sempre acreditou no meu potencial, assim como minha melhor amiga e irmã da vida, a Bruna. Eles sempre me colocaram para cima e me incentivam. Com esse apoio, comecei a treinar intensamente e, ao final de 2019, fundamos juntos o Coletivo Hangover, ao lado de seis DJs e artistas incríveis de Brasília: eu, Moranga, Turambar, Evah, Barbie Melo, Martl, Robz, Bunny e Gusta Marti.


No entanto, minha paixão pela música começou muito antes, aos 17 anos, quando fui vocalista de uma banda de Gothic Rock chamada Vultos e colaborei com as letras de algumas das músicas dos últimos álbuns lançados. Sempre fui uma amante fervorosa de rock, especialmente dos gêneros gótico, death metal e black metal. A música sempre foi uma forma de expressão para mim, uma maneira de expurgar meus próprios demônios.


Essa conexão profunda com a música e a compreensão de que ela tem o poder de transformar vidas me impulsionaram e ainda me impulsionam a seguir em frente. Acredito que, quando as pessoas vão a um show ou ouvem um DJ, elas estão procurando uma forma de escapar dos problemas, de se libertar. E acredito que quanto mais proporcionarmos essa libertação, criando momentos inesquecíveis e fazendo o coração de todos bater mais forte, é assim que a música e a cena devem ser.



O que a música eletrônica representa para você?


A música eletrônica é a pulsação da minha alma. Desde o primeiro contato, fui cativada pelo trance, que abriu portas para um universo sonoro infinito. Através dos beats e das melodias, encontrei uma forma única de expressão, um refúgio e um canal de conexão com as pessoas. Cada set que toco, cada evento que produzo, é uma celebração dessa paixão. Como DJ e produtora, me perco e me encontro nos sons dark e techno, refletindo minha jornada pessoal e artística. A música eletrônica me proporcionou momentos inesquecíveis, desde as bandas de rock em Brasília até a criação do Sarjeta Mag e minhas performances no @coletivohangover, no @eletromanas e no meu projeto com minha mana @barbiemelodj, o @hertzbsb. A energia vibrante das pistas de dança, a comunhão dos corpos em movimento e a liberdade de criar sem limites são o que me impulsionam. A música eletrônica é mais do que um gênero; é uma força transformadora que molda minha vida, inspira minha arte e me conecta a uma comunidade global apaixonada e inovadora.



Qual é seu maior objetivo na cena eletrônica?


Meu maior objetivo na cena eletrônica é criar cada vez mais tracks autorais, mergulhando profundamente na minha criatividade e na minha identidade musical. A curto prazo, sonho em fazer um set totalmente autoral, onde cada batida e cada melodia sejam uma extensão de mim mesma. A longo prazo, tenho um desejo enorme de ver o Coletivo Hangover crescer cada vez mais e continuar a ser um ponto de partida para novos DJs e artistas. Além disso, espero poder transmitir tudo o que está na minha mente e no meu coração para a pista.


Quero que as pessoas sintam a minha paixão, minhas emoções e minha visão através da música. E mais do que isso, desejo que elas continuem gostando e se conectando com o que eu faço. Meu objetivo é criar experiências memoráveis, onde cada apresentação seja uma viagem única e transformadora para todos que estão ali, e que continuem compartilhando aquele momento comigo!


Conte sobre próximas datas, lançamentos, ou sobre alguma música/projeto que quer dar destaque:


Estou muito empolgada com o que vem por aí! No dia 31/08, terei a honra de tocar no meu primeiro festival, o Festival Raízes, que acontecerá em Guará II, no DF. Além de me apresentar, também estarei na assistência de produção do evento, uma experiência que estou vivenciando todos os dias. Este festival é particularmente especial para mim, pois será realizado em parceria com duas grandes amigas e mentoras: DJ Evah e DJ Magah. Juntas, temos aprendido e crescido muito, especialmente no que diz respeito à cena cultural e à produção de projetos culturais. Este será nosso primeiro festival, porém nosso segundo projeto trabalhando juntas pelo coletivo Eletromanas, e estou extremamente feliz por essa oportunidade.


Estou cheia de gratidão e emoção por poder compartilhar esse momento com pessoas tão incríveis e por contribuir para um evento que promete ser inesquecível. Mal posso esperar para ver todos lá e fazer parte dessa celebração da música, da cultura e, principalmente, da representatividade feminina!


Deixe aqui um recado para os leitores da DJ Music Mag:



Queridos leitores da DJ Music Mag,


Quero compartilhar com vocês uma verdade importante: a vida de DJ é um trabalho, com seus processos, altos e baixos, e o tão almejado reconhecimento. Mesmo com pouco tempo de carreira, já passei por muitas experiências desafiadoras e gratificantes. O que realmente me move é o meu ciclo de apoio, composto por minha família e amigos, que sempre estão ao meu lado.


Quero lembrar a todos vocês da importância de respeitar e valorizar os artistas. Seja qual for a cena, seja no meio artístico ou musical, cada um de nós enfrenta suas próprias batalhas e celebra suas vitórias. Valorizem-se, cuidem-se e amem-se. Quando nos unimos em apoio e respeito mútuo, criamos um ambiente onde o processo de crescimento e realização pode florescer.


Continuem acreditando em vocês mesmos e no poder transformador da música. Juntos, podemos fazer a diferença e tornar nossa cena ainda mais vibrante e acolhedora.


Acompanhe o trabalho da artista:



 

Encerramos esta edição com a certeza de que a força e a paixão das mulheres da cena eletrônica são imensas e inspiradoras. Que cada história compartilhada continue a iluminar o caminho e a fortalecer a comunidade, mostrando que juntas somos mais fortes e criativas. Até a próxima edição, onde novas jornadas e conquistas estarão à nossa espera!


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